Encontro tem o objetivo de aproximar órgãos do governo nas ações que envolvem a implantação da rede privativa de Estado.
A Telebras promoveu nesta quinta-feira, 16, o segundo Workshop com representantes de órgãos da Administração Pública Federal para aproximar as ações de implementação da Rede Privativa Fixa Segura de Governo. O encontro, conduzido pelo Ministério das Comunicações (MCom) e pela Telebras, foi realizado no Centro de Operações Espaciais da estatal, em Brasília, e contou com a presença da Diretoria Executiva da empresa.
Na abertura do evento, Daniel Brandão, diretor substituto do Departamento de Política Setorial da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações (Setel/MCom), falou da importância da implantação da rede privativa. “Esse é o processo de construção de uma política pública de longo prazo. É um compromisso de Estado, de governo, de compor uma infraestrutura integrada de rede privativa de comunicação do Brasil”, disse.
O presidente da Telebras, Fred Siqueira Filho, reafirmou que trata-se de um “projeto bastante audacioso e inovador no Brasil e se torna inédito pelo alto índice de segurança que cercará as comunicações do Governo Federal com a criptografia de Estado, que será exclusiva da Telebras”.
Apresentações
Marcos Baeta, coordenador da Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, representou o Gaispi e a Agência, destacou o diferencial da robustez, resiliência e dupla abordagem da criptografia de Estado.
A Rede Privativa Fixa terá como base o núcleo SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network), criptografia fim-a-fim e dupla abordagem em pontos com capacidade superior a 1 Gbps, com início em todas as capitais brasileiras e o Distrito Federal, para atender órgãos públicos federais e complementar as redes de governo já existentes. Ao todo, serão atendidos inicialmente 6.500 pontos.
Já Agostinho Linhares, coordenador-geral de Acompanhamento Regulatório de Telecomunicações da Setel, adiantou que a rede privativa “terá o que há de mais moderno na tecnologia e com muito espaço para evolução”.
Para Alexandre Gonçalves, diretor do projeto de redes privativas do governo federal da Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), a previsão é de atendimento de até 80 mil dispositivos de criptografia de dados para usuários da rede fixa e da rede móvel. Essa criptografia de estado é um pilar muito importante para o projeto, e a EAF está trabalhando em mecanismos para que os usuários tenham a mesma segurança na comunicação quando estiverem fora do ambiente da rede privativa.
Rodrigo Lima, gerente de Gestão Empresarial da diretoria de Governança, apresentou toda a infraestrutura da Telebras, que conta com um backbone de mais de 30 mil quilômetros de fibras ópticas, que reúne uma capacidade de 28,8 Tbps de transmissão de dados e conta com cerca de 4 mil equipamentos gerenciados.
“No projeto da rede privativa, estamos falando de uma criptografia de Estado para garantir a segurança das informações do Brasil e também do cidadão brasileiro. É importante que esses dados estejam protegidos em todos os seus níveis e esse é o nosso objetivo”, pontuou Rodrigo Lima.
O Workshop contou com a presença de representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ministérios da Justiça e Relações Exteriores, Ministério Público Federal, Caixa Econômica e Serpro.
O primeiro Workshop ocorreu em 26 de outubro, e reuniu mais de 50 profissionais de telecomunicações e tecnologia da informação de diversos órgãos da Administração Pública Federal.