Telebras é parceira estratégica do projeto, homenageado pela iniciativa em aplicações no setor de agropecuária.
O Projeto SemeAr, iniciativa que tem como objetivo desenvolver uma plataforma de inovação digital para o agronegócio, com soluções voltadas a demandas reais dos pequenos produtores e agricultores familiares, recebeu na manhã desta sexta-feira, 1º de setembro, o Prêmio Anatel/ABDI de Conectividade em Redes Privativas, na categoria “Rede Privativa – Agro”. O CPqD, líder desse projeto, foi representado pelo diretor de Relações Institucionais, Cristian Cunha, e pelo diretor de Inovação, Fabrício Lira Figueiredo. O gerente de Inovação, Palmerston Taveira, representou a Telebras, parceira estratégica do projeto para conectividade.
A cerimônia ocorreu no Auditório do Espaço Cultural Renato Guerreiro, da Anatel, em Brasília. Ao todo, foram analisados 28 projetos que concorreram a 12 categorias do prêmio, além de duas categorias especiais. “Esse prêmio visa principalmente demonstrar à indústria um viés de modelos de negócios que viabilizem o uso em maior escala de redes privativas 5G no mercado do agro”, afirmou o gerente de Novos Negócios da ABDI, Tiago Faierstein.
“Esse projeto demonstra que o SGDC pode ser um grande aliado para maior produtividade e a competividade dos pequenos e médios produtores e agricultores rurais, principalmente em localidades que não existem nenhum tipo de conectividade”, destacou Palmerston Taveira, gerente de Inovação da Telebras.
Grande adesão
O Projeto SemeAr já conta com a adesão formal de 63 produtores rurais, agrupados numa super zenda digital, batizada de Distrito Agro Tecnológico (DAT), em São Miguel Arcanjo, município que é essencialmente agrícola no interior de São Paulo. Nessa iniciativa, o projeto contou com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e com as parcerias estratégicas da Embrapa, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), do Sebrae, do SENAR/FAESP e, especificamente para o DAT, da Casa de Agricultura de São Miguel Arcanjo, do Parque Tecnológico de Sorocaba, do provedor SMANET, da Telebras, da Trópico e das startups Muda Meu Mundo e Maneje Bem.
Pilares do SemeAr
A iniciativa SemeAr foi lançada pelo CPqD em julho de 2020, em parceria com a Embrapa e a Fundecc – Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (associada à Universidade Federal de Lavras), e conta com o apoio dos ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e das Comunicações (MCom).
O projeto está estruturado em três pilares: conectividade, aplicações inovadoras e difusão e mobilização. Esses pilares orientam os projetos executados dentro da iniciativa, que contam com financiamento pelos envolvidos de formas variadas, utilizando recursos privados ou públicos.
No caso da ‘conectividade’ no DAT em São Miguel Arcanjo, a Telebras disponibilizou acesso à internet via satélite (SGDC) ao provedor local SMANET, um dos parceiros no projeto. A infraestrutura também conta com uma rede privada 4G LTE/250 MHz da Trópico, para comunicação com tratores e máquinas agrícolas, com uma tecnologia de radiofrequência para aplicações instaladas no campo e rádio ponto a ponto para provimento de acesso à rede WiFi.
Já as ‘aplicações inovadoras’, que focam na solução de problemas e demandas reais dos produtores, são desenvolvidas em parceria com startups e pequenas e médias empresas de tecnologia, utilizando metodologias ágeis e recursos de colaboração. O objetivo é integrar as tecnologias digitais nos processos produtivos de forma rápida e simples, gerando impacto econômico efetivo no setor.
No pilar ‘difusão tecnológica e mobilização’, encontram-se as ações de capacitação e esclarecimento dos produtores sobre os benefícios da incorporação de tecnologias digitais ao seu negócio, bem como a disseminação de resultados positivos de projetos.