Com relação à matéria “Telebras: receita para multiplicar os prejuízos”, produzida pelo jornalista José Casado e veiculada no portal da Veja em 25/05/2021, a Telebras faz questão de emitir os necessários esclarecimentos, sobretudo às informações constantes no segundo parágrafo da referida matéria.
De antemão, a Telebras não “está no limbo”. Pelo contrário, como a própria matéria aborda no quinto parágrafo, a Telebras é a empresa estatal responsável pela segurança da rede de comunicações do governo e executora de políticas públicas de telecomunicações. Como parceira de primeira hora do Ministério das Comunicações, já levou o acesso gratuito à internet a milhões de brasileiros que viviam isolados, dos quais mais de 2,6 milhões de estudantes em escolas rurais e indígenas, minimizando a desigualdade no atendimento à saúde levando o acesso à internet em quase 700 unidades básicas de saúde Brasil afora, e vem promovendo cada vez mais a inclusão digital, social e cidadania dos que ainda vivem à margem de benefícios, como acesso aos serviços básicos de governo, obtenção de renda pelo comércio via internet e acesso ao conhecimento.
É importante destacar que no primeiro trimestre de 2021 a Telebras apresentou crescimento de 6,6% na sua receita operacional líquida em relação ao mesmo período de 2020, e realizou investimentos 36,6% acima do que foi verificado no primeiro trimestre do ano anterior.
Como a empresa passou à condição de estatal dependente do Tesouro desde janeiro de 2020, passou a impactar os resultados da empresa os gastos com profissionais cedidos a outros órgãos do Governo Federal, o que já estava previsto desde o ano passado. Essa despesa se deu porque a empresa deixou de ser reembolsada mensalmente pelos custos dos cedidos, como era de praxe, devido à sua condição de empresa dependente.
Mas, os fatores que impactaram significativamente no desempenho econômico-financeiro da empresa no primeiro trimestre deste ano, conforme também já estava previsto, foram: o aumento nesse trimestre de R$ 14,6 milhões dos custos e despesas com depreciação de ativos, devido à conclusão das obras do sistema terrestre do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC); a renovação do seguro do satélite, no valor de R$ 18,9 milhões, em agosto de 2020; e a redução de 93,8% dos rendimentos das aplicações financeiras devido à queda na rentabilidade dos fundos.
Por fim, acreditamos que ficam esclarecidos os fatores que impactaram os resultados apresentados pela Telebras no primeiro trimestre de 2021. Ao mesmo tempo, a empresa está focada na redução dos impactos negativos e com sua gestão direcionada para avançar firmemente na receita operacional deste ano.