Participaram do encontro mais de 50 profissionais dos diversos órgãos federais
Mais de 50 profissionais de telecomunicações e tecnologia da informação de diversos órgãos da Administração Pública Federal participaram da reunião na manhã desta quinta-feira, 26, onde foram apresentadas as principais características técnicas, os requisitos de segurança com criptografia de Estado e as oportunidades de produtos e serviços a serem implementados na Rede Privativa Fixa Segura e de Alta Velocidade do Governo Federal. O encontro, conduzido pelo Ministério das Comunicações (MCom) e pela Telebras, foi realizado no Centro de Operações Espaciais da estatal, em Brasília, e contou com a presença da diretoria executiva da empresa.
A Rede Privativa Fixa terá como base o núcleo SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network), criptografia fim-a-fim e dupla abordagem em pontos com capacidade superior a 1 Gbps, com início em todas as capitais brasileiras e o Distrito Federal, para atender órgãos públicos federais e complementar as redes de governo já existentes. Ao todo, serão atendidos inicialmente 6.500 pontos.
Apresentações
Natália Lobo, diretora do departamento de Política Setorial da Secretaria de Telecomunicações do MCom apresentou o arcabouço legal e regulatório, que estabelece a governança da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal (Lei nº 14.600/2023) e sua implementação pela Telebras (Decreto nº 9.612/2018), traçando um panorama geral dos segmentos fixo e móvel da rede e criptografia de Estado.
Marcos Baeta, coordenador da Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação da Anatel, representou o Gaispi e a Agência. Lembrou os compromissos estabelecidos pelo Edital do 5G (Edital de Licitação nº 1/2021) e destacou a estrutura e funcionamento do Gaispi e seu Grupo de Rede, voltado para acompanhamento da execução e prazos para implantação da Rede Privativa de Comunicação da Administração Pública Federal.
Para Geraldo Segatto, diretor do projeto de redes privativas do governo federal da EAF, a previsão é de atendimento de até 80 mil dispositivos de criptografia de dados para usuários da rede fixa e da rede móvel. Essa criptografia de estado é um pilar muito importante para o projeto, e a EAF está trabalhando em mecanismos para que os usuários tenham a mesma segurança na comunicação quando estiverem fora do ambiente da rede privativa.
Rodrigo Lima, gerente de Gestão Empresarial da diretoria de Governança, apresentou o backbone de mais de 30 mil quilômetros de fibras ópticas da Telebras, que reúne uma capacidade de 28,8 Tbps de transmissão de dados e conta com cerca de 4 mil equipamentos gerenciados. E frisou: a Telebras é a única empresa de telecomunicações do Estado com atribuição legal, capaz e responsável por atender aos requisitos necessários para garantir a comunicação segura fim-a-fim, utilizando sua infraestrutura. A rede conta com funcionalidades de proteção de comunicações dos órgãos da Administração Pública Federal contra ameaças cibernéticas que possam vir a comprometer a segurança da informação”.
Para o presidente da Telebras, Fred Siqueira Filho, “este é um projeto bastante audacioso e inovador no Brasil e se torna inédito pelo alto índice de segurança que cercará as comunicações do Governo Federal com a criptografia de Estado, que será exclusiva da Telebras”.
Estiveram presentes ao encontro representantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Casa Civil, dos ministérios da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e de Gestão e Inovação (MGI), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Bando do Brasil, Correios e do Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx).
